O Kendo tal qual tomado em sentido amplo pelos praticantes é um fluxo no qual existe uma mudança ou transformação de três elementos intimamente relacionados: o corpo , o Ki-espírito e a espada.
Corpo – Tai
Todo o treinamento do Kendo enfatiza sua atualização no corpo dos iniciados. Seu ritmo de adestramento, suas ampliações periódicas, seus movimentos incontáveis e o reforço de sua ênfase buscam fabricá-lo.
Desde os primeiros momentos o corpo passa a ser o meio que será trabalhado pelo “Sensei”
O posicionamento dos pés, os seus modos de deslizamento pelo solo, a postura geral e ereta do corpo; a respiração; o olhar – professores afirmam que os olhos, os quais são os portais da mente, devem ser profundos e penetrantes, procurando um estado de “ tooyama no metsuke ”, que significa “a montanha distante pode ser vista”, olhar tudo e nada ao mesmo tempo.
Sobre isso, um monge budista contemporâneo de Musashi, Takuan Soho, em seus conselhos para Yagyu Munenori, no famoso Fudochi Shinmyo Roku , diz que o espadachim deve sempre se ater ao nada.
Sua mente jamais pode se fixar em um ponto, pois, se assim o dizer, ele sempre perderá
o todo. O exemplo que ele dá para isso é em relação a olhar uma árvore. Caso foquemos no movimento ou existência de uma folha, perderemos a árvore como um todo.
Para a esgrima seria a mesma coisa.
Se focamos no movimento da espada inimiga, ou nos olhos do adversário, ou no movimento
do corpo, seremos atingidos pelo golpe do oponente.
Deve-se buscar o “kanken no metsuke”.
O termo “ metsuke” significa “técnica de observação” para o “kan”, ou seja, a observação do interior, para o “ kokoro ” (coração, mente) do oponente.
O “ kakegoe ” é um dos moduladores utilizados e é traduzido como o grito que surge do interior da barriga, o qual tem por objetivo incentivar a si e intimidar o adversário.
De acordo com a concepção nativa, seus efeitos são: aumentar a concentração, potência e domínio do golpe. Como requisito para o kakegoe, é preciso que se desenvolva a respiração. A expressão
a-un-no-kokyuu – kokyuu (respiração); a (exalação); un (inalação) – significa respiração profunda.
Corpo – Tai
Todo o treinamento do Kendo enfatiza sua atualização no corpo dos iniciados. Seu ritmo de adestramento, suas ampliações periódicas, seus movimentos incontáveis e o reforço de sua ênfase buscam fabricá-lo.
Desde os primeiros momentos o corpo passa a ser o meio que será trabalhado pelo “Sensei”
O posicionamento dos pés, os seus modos de deslizamento pelo solo, a postura geral e ereta do corpo; a respiração; o olhar – professores afirmam que os olhos, os quais são os portais da mente, devem ser profundos e penetrantes, procurando um estado de “ tooyama no metsuke ”, que significa “a montanha distante pode ser vista”, olhar tudo e nada ao mesmo tempo.
Sobre isso, um monge budista contemporâneo de Musashi, Takuan Soho, em seus conselhos para Yagyu Munenori, no famoso Fudochi Shinmyo Roku , diz que o espadachim deve sempre se ater ao nada.
Sua mente jamais pode se fixar em um ponto, pois, se assim o dizer, ele sempre perderá
o todo. O exemplo que ele dá para isso é em relação a olhar uma árvore. Caso foquemos no movimento ou existência de uma folha, perderemos a árvore como um todo.
Para a esgrima seria a mesma coisa.
Se focamos no movimento da espada inimiga, ou nos olhos do adversário, ou no movimento
do corpo, seremos atingidos pelo golpe do oponente.
Deve-se buscar o “kanken no metsuke”.
O termo “ metsuke” significa “técnica de observação” para o “kan”, ou seja, a observação do interior, para o “ kokoro ” (coração, mente) do oponente.
O “ kakegoe ” é um dos moduladores utilizados e é traduzido como o grito que surge do interior da barriga, o qual tem por objetivo incentivar a si e intimidar o adversário.
De acordo com a concepção nativa, seus efeitos são: aumentar a concentração, potência e domínio do golpe. Como requisito para o kakegoe, é preciso que se desenvolva a respiração. A expressão
a-un-no-kokyuu – kokyuu (respiração); a (exalação); un (inalação) – significa respiração profunda.
O termo completo é “isoku itto no ma-ai”.
Essa distância deve ser mantida em relação ao oponente em uma postura de confronto, de forma que em um passo se atinja o adversário e com um passo para trás se desvie do golpe do adversário. Omaai é o espaço e o comprimento da espada, a distância entre dois oponentes. Também se refere a tempo e velocidade de ataque. Essa discussão é interessante porque o conceito de Maai – indica justamente um encontro em um espaço. Isso, do ponto de vista de uma reflexão japonesa cruzada à antropologia, interessa na medida em que pensamos no próprio conceito de relação, ou um espaço de encontro, muito embora seja justamente o conceito de “relação” – que é variável – o lugar onde a maioria das coisas interessantes acontece.
fonte :Parte do Artigo O caminho da espada: sobre mecanismos e máquinas. Parte III – Final . Autor Gil Vicente Lourenção publicado na Revista de @ntropologia da UFSCar, 6 (1), jan./jun. 2014
http://estudodosamurai.blogspot.com.br/